20/02/2009

* Realmente Vivemos em uma Democracia ??? * (Problemas do Sistema Partidário Brasileiro !)

Todos os sistemas políticos que se fizeram vigentes ao longo da história tiveram os seus pontos negativos e positivos e com a democracia não seria diferente, porem mesmo não sendo um sistema perfeito é o ideal, pelo fato de ao menos na teoria, universalizar a política, respeitando cada individualidade e fazendo valer a vontade da maioria. O problema é que no Brasil a democracia fica quase sempre na teoria devido ao contexto em que esta inserida.

È de conhecimento geral que a política no Brasil tem problemas de varias ordens, tais como a falta de instrução e consciência política de grande parte da população, que faz com que muitos votos sejam vulneráveis a ilusões e mentiras prometidas por candidatos, bem como a obrigatoriedade do voto que leva pessoas sem nenhum interesse às urnas de maneira irresponsável, a corrupção e a falta de ética e/ou competência dos governantes, dentre outros fatores. Mas a questão central dos problemas da política brasileira é o sistema partidário vigente.

Políticos com visões semelhantes tendem a unir esforços para juntos fortalecerem suas convicções e buscarem apoio, nada mais natural, e o desenvolvimento disso resulta num partido político. Um sistema partidário é necessário, principalmente levando em conta as extensões territoriais e as grandes sociedades a serem administradas, pois uma pessoa sozinha sem uma base aliada não pode fazer nada. Mas no Brasil, os partidos políticos ao invés de serem meros grupos de apoio, discussão política de algumas questões a serem votadas, ou um lugar aonde um político eleito vai para buscar conselho de decisões a tomar, são grandes organizações, muitas vezes funcionando com empresas e na pratica se sobrepõem aos proprios candidatos.

Apesar de votarmos em candidatos específicos, tentando de maneira consciente escolhê-los pela forma de pensar e pelos projetos, após as eleições, na pratica, o candidato passa a não ter nenhum tipo de autonomia e são meros peões num jogo de poder. É ultrajante ver partidos políticos negociando entre si por cargos, em troca de apoio na votação de projetos futuros que ainda nem foram criados (Ex.: O PT partido de esquerda deu ao PMDB, histórico adversário político, cargos nos ministérios apenas porque sabia que no futuro precisaria de apoio para aprovar projetos na câmara e no senado, e isso não é exclusividade do PT, acontece há anos) quando os projetos deveriam ser votados, por convicção individual de cada político e não por competição partidária, ou por imposição do partido político ao qual é filiado, e isso sem levar em consideração os partidos políticos na posição de opositores, que rejeitam um projeto e quando se tornam situação, o projeto passa, como que por mágica, a ser um bom projeto e ser aprovado. Os políticos não são "santinhos" nessa história, porem nesse caso ficam reféns porque se não seguirem conforme o que define o partido são expulsos e perdem todo investimento necessário para se elegerem (A, até então, senadora Heloísa Helena, expulsa do PT quando em uma votação no senado resolveu, por convicção pessoal, votar contra o que tinha sido pré estabelecido pelo seu partido).

A necessidade de dinheiro para se fazer uma campanha política é outro dos grandes problemas da política. Pois os partidos passam a se comportar como empresas, com arrecadação, lucro, montante de dinheiro guardado, infinidade de funcionários (acho que uma pessoa comum, que queira ajudar um partido político a se eleger porque acha que este é o melhor, é uma atitude compreensível, mas os tais partidos contratarem funcionarios remunerados? Como exemplo, marqueteiros políticos, que trocam de partido, por uma oferta financeira maior), associação com a iniciativa privada (se fazendo depois refém destas empresas financiadoras de campanha) e tudo isso em busca de mais recursos para eleger seus candidatos e se tornarem o partido mais popular e, por quantidade de filiados eleitos, poderem dominar as decisões políticas conforme seus interesses.

Cada candidato deveria ter um recurso disponibilizado pelo governo e um determinado espaço em todos os meios de comunicação, variando conforme o cargo a qual esta concorrendo, e quaisquer recursos extras utilizados serem punidos como corrupção (assim, os candidatos, tendo iguais condições, seriam eleitos por ter um projeto mais consistente, e não simplesmente por serem mais populares). Além disso, os partidos políticos deixariam de ser organizações oficiais e se tornariam meros grupos de apoio e discussão política, até porque os candidatos, não ficariam reféns financeiramente desses grupos e teriam muito mais autonomia.

Ítalo Bbg

2 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que sou apartidária..rs

Gostei do texto. Você escreve com veemência. Expõe sua opinião a qualquer custo, dane-se quem discorda. Gosto disso.

Quanto àqueles errinhos e frases confusas, tratamos de organizar e arrumar quando vieres aqui em casa.

Sou sua fã!

Beijão!!!

Nathália E. disse...

Se pelo menos o voto fosse facultativo - e não existisse gente corrupta no mundo - muita coisa ia melhorar. Hahaha

Beijo!